Rachel de Queiroz foi uma tradutora, romancista, escritora, jornalista, cronista prolífica e importante dramaturga brasileira. Autora de destaque na ficção social nordestina. Foi a primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras.
(Foto Rachel de Queiroz - Fonte: Internet)
Em 1993, foi a primeira mulher galardoada com o Prêmio Camões.
Ingressou na Academia Cearense de Letras no dia 15 de agosto de 1994, na ocasião do centenário da instituição.
Rachel era filha de Daniel de Queiroz Lima e Clotilde Franklin de Queiroz, descendente pelo lado materno da família de José de Alencar.
Em 1917, após uma grande seca, mudou-se com seus pais para o Rio de Janeiro e logo depois para Belém do Pará. Retornou para Fortaleza dois anos depois.
Aos vinte anos, ficou nacionalmente conhecida ao publicar O Quinze (1930), romance que mostra a luta do povo nordestino contra a seca e a miséria.
Foi presa em 1937, em Fortaleza, acusada de ser comunista. Exemplares de seus romances foram queimados. Em 1964, apoiou a ditadura militar que se instalou no Brasil. Integrou o Conselho Federal de Cultura e o diretório nacional da ARENA, partido político de sustentação do regime.
Lançou Dôra, Doralina em 1975, e depois Memorial de Maria Moura (1992), saga de uma cangaceira nordestina adaptada para a televisão em 1994 numa minissérie apresentada pela Rede Globo. Exibida entre maio e junho de 1994 no Brasil, foi apresentada em Angola, Bolívia, Canadá, Guatemala, Indonésia, Nicarágua, Panamá, Peru, Porto Rico, Portugal, República Dominicana, Uruguai e Venezuela, sendo lançada em DVD em 2004.
Publicou um volume de memórias em 1998.
Morreu em 4 de novembro de 2003, vítima de problemas cardíacos, no seu apartamento no Rio de Janeiro, dias antes de completar 93 anos. Durante trinta anos escreveu crônicas para a revista semanal O Cruzeiro e com o fim desta para o jornal O Estado de S.Paulo.
Rachel de Queiroz e sua ligação com Quixadá
Rachel de Queiroz, apesar de ter nascido em Fortaleza, a capital do Ceará, possuía uma relação muito forte com Quixadá, visitando-a constantemente, quando se hospedava em sua Fazenda Não Me Deixes, que herdou de seu pai, Daniel de Queiroz. Com uma área total de 928 ha, a fazenda está localizada a cerca de 30 km da sede do município, no distrito que recebe o mesmo nome de seu pai, Daniel de Queiroz.
Em Quixadá, onde passou boa parte da sua vida e escreveu seu primeiro livro de sucesso, foi criado um Centro Cultural em sua homenagem, em 2008. Anos mais tarde, mais precisamente em 2010, foi inaugurado na cidade o Memorial de Rachel de Queiroz, com peças históricas da escritora cedidas por sua irmã caçula Maria Luza Salek.
"Neste mundo tão grande não há pedaço de terra mais preso
no meu coração do que aquele trecho bravio do
município de Quixadá, a 180 km do Oceano Atlântico.
Engraçado, lá não nasci. Mas hei de voltar depois de morta,
se por acaso sobrar de mim alguma coisa,
além do triste corpo que a terra vai comer."
(Rachel de Queiroz)
("Fazenda Não Me Deixes", propriedade localizada
em Quixadá, estado do Ceará, em reserva particular
do patrimônio natural.)
Em 17 de novembro de 2012 foi inaugurada a estátua de bronze da escritora na mesma praça onde fica localizado seu memorial.
(Foto da estátua de Bronze da Rachel de Queiroz em Quixadá - Fonte: Internet)
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