terça-feira, 28 de abril de 2015

Caso Barroso (1976) inspirou o filme Área Q

O pai de Francisco Barroso disse ter sido abduzido em Quixadá (CE). Caso foi estudado por ufólogos e serviu de base para filme Área Q (2011), rodado na cidade de Quixadá e municípios vizinhos.

(Foto: Francisco Barroso, filho do agricultor Luis Barroso - Fonte: Site Revista Ufo) 

O comerciante relatou em entrevista para Revista UFO, que o pai, morto há 22 anos, ensinou a ele e aos irmãos como se defender e evitar que fossem levados por Objetos Voadores Não Identificados (OVNIs). "Para você se livrar, só se for com um pé de árvore. Você tem que ir para debaixo porque, com a árvore, o aparelho deles (dos ETs) perde o contato", explica.
Barroso disse que o pai ficou com a pele avermelhada e com retardo mental depois de ser levado por um UFO. O agricultor Luis Fernandes Barroso, segundo o filho, teve um contato bem próximo com os extraterrestres na década de 1970. "Uma vez por semana, ele ia para a fazenda olhar o rebanho e gostava de sair de madrugada, por volta de 02h00 da manhã. Um dia, quando voltava de carroça, ele disse que teve contato com algo que parecia um avião, mas que desceu, ficou perto dele e jogou uma luz muito forte, quase de cegar", disse. "Não só acredito, como já vi", afirmou Barroso sobre a crença em aparições de OVNIs na cidade de Quixadá.

EFEITOS DA SUPOSTA ABDUÇÃO

Após o contato, o comerciante afirmou ter visto mudanças físicas e psicológicas no pai, que apareceu com a pele vermelha "como se estivesse queimada" e um retardo mental depois do suposto contato com extraterrestres, fazendo com que os filhos se tornassem responsáveis pelos negócios da família. O caso chamou a atenção de ufólogos de vários países, como Portugal, Itália e Espanha, que visitaram a fazenda para estudar os sintomas e os relatos de Barroso. "Meu pai passou também por muitos hospitais de Fortaleza e disseram que a mente dele estava como se fosse de uma criança", contou Francisco Leonardo. O pai dele morreu na fazenda no ano de 1993 e, segundo o filho, o aspecto da pele não correspondia com a idade. "Era como se ele tivesse ficado mais novo", afirmou. 

A situação quase foi vivida também pelo filho de Barroso, quando este fazia o mesmo trajeto do pai a caminho da fazenda. "Estava de moto e vi um objeto que emitiu uma luz bem forte. Desviei o olhar para não cegar com aquela luz e desacelerei. Lembrei dos conselhos de meu pai: 'Não se amedronte e não fique nervoso'", contou. Depois disso, as aparições ficaram comuns na vida do comerciante, que afirmou não haver problema "depois que você se acostuma".

"Não guardo mágoas dos extraterrestres porque aconteceram outros casos iguais aos do meu pai. É um imprevisto, pode acontecer comigo, com você ou com qualquer um", disse. "Meu pai foi um dos primeiros que passou por isso. Ver essa história no filme (Área Q) é de se admirar porque ele realmente entrou para a história", afirmou.

CASO INSOLÚVEL

O ufólogo cearense Reginaldo de Athayde [Coeditor da Revista UFO] acompanhou o Caso Barroso desde o momento em que agricultor teria sido abduzido até a sua morte. "Durante 17 anos, eu e outros pesquisadores íamos uma vez por mês a Quixadá para visitar Barroso", disse. O contato pessoal foi documentado no livro ETs, Santos e Demônios na Terra do Sol [Biblioteca UFO, 2000], no qual Athayde relata também outros casos envolvendo contatos extraterrestres em municípios do interior do Ceará.

O ufólogo também contou em entrevista ao G1 que houve tentativas de prosseguir na investigação do caso após a morte de Barroso, mas os filhos do agricultor não concordaram com a autópsia no corpo do pai. "Acreditamos que esse caso nunca seja solucionado, pois fizemos o que podíamos nos 17 anos de acompanhamento", afirmou.

(Foto: Senhor Barroso  - Fonte: Site Revista Ufo)


O Caso Barroso, ocorrido no dia 03 de abril de 1976 em Quixadá, mostra a face terrível que pode se esconder por trás de um caso ufológico. Após um encontro com um UFO que lhe jogou um tipo de raio, o protagonista Luis Barroso Fernandes apresentou uma estranha regressão mental, ao mesmo tempo em que sua pele rejuvenescia gradativamente. Ao final da vida, pronunciava apenas três palavras: "mamãe", "dá" e "medo". Após ser investigado e consultado por mais de uma dezena de especialistas em várias áreas da medicina, seu caso permaneceu um mistério e serve de alerta para os riscos que podem se esconder em um simples contato ufológico.


Matéria da Revista UFO feita em 2012.

Alguns Filmes Gravados em Quixadá



A Morte comanda o Cangaço (1960) – foi o primeiro filme a levar asimagens de Quixadá ao mundo. O filme se situa em 1929, época na qual o nordeste de nosso país era dominado pelos típicos cangaceiros.

O Cangaceiro Trapalhão (1983) – Gravado em Juatama, distrito de Quixadá. No elenco "Os Trapalhões" (Didi, Dedé Santana, Mussum e Zacarias), Regina Duarte e Tânia Alves. Luzia Homem (1984) – O filme conta a história de uma menina que presencia o assassinato de seus pais.

O Quinze (2004) – Gravado em Daniel de Queiroz, distrito de Quixadá. Retrata o sofrimento nordestino na grande seca que atingiu o Sertão Central do Ceará em 1915. Baseado no livro O Quinze, da escritora cearense Rachel de Queiroz.

Siri-ará (2008)  Em companhia de uma velha e misteriosa índia, Cioran (Adilson Maghá) vaga pelo sertão em busca de sua própria história.

O Auto da Camisinha (2009) – Tem como um dos atores principais Chico Anysio. O filme tem uma importante mensagem de cidadania ao tratar de assuntos como a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis. Também gravado na Juatama - Quixadá.

Área Q (2011) – Tem a participação dos globais Tânia Kalil e Murilo Rosa. Foi a primeira coprodução cearense Brasil - Estados Unidos, abordando uma misteriosa história sobre ufologia.

Homens com cheiro de flor (2011) – Retrata a história de matadores de aluguel.

A lenda do Gato Preto (Julho de 2015) – Dirigido pelo quixadaense Clébio Ribeiro é um longa-metragem com orçamento total estimado em R$1,5 milhão. Utilizando pontos turísticos da cidade como o Açude do Eurípides e o histórico Açude do Cedro.

Gruta de São Francisco

Além do Santuário, dedicado aos devotos Marianos, outro ponto turístico religioso de Quixadá é Gruta de São Francisco, como é mais conhecido o parque religioso situado a 7 km do Centro de Quixadá, na CE 265, no sentido de Ibicuitinga e Morada Nova. Inaugurado em dezembro de 2008 pelo padre gaúcho Rosalino Vanzin, a época na Paróquia de São Francisco de Assis, o recanto rochoso, muito peculiar na região, foi transformado num santuário ecológico, dedicado a freguesia Franciscana.

Além dos paroquianos, pouca gente conhece e visita o lugar. A maioria observa apenas da rodovia, quando estão de passagem.

(Foto da Gruta de São Francisco - Fonte: Internet)

Pedra da Galinha Choca

A Pedra da Galinha Choca é um inselberg constituído de dioritos e granitos, que são rochas ígneas ou plutônicas, ou seja, formadas a partir do resfriamento do magma. A Pedra da galinha Choca está num terreno cristalino, ou seja, formado por rochas antigas e resistentes que surgiram anteriormente à era Cambriana, que com a erosão das chuvas afloraram acima da superfície.

(Foto da Pedra da Galinha Choca - Fonte: Internet) 

CURIOSIDADES

• Segundo alguns populares, há uma lenda de origem indígena, que conta que a Galinha Choca nem sempre esteve no local onde hoje se encontra. Ela seria, na verdade, uma pedra “mãe” e todas as outras pedras da região descenderiam dela, pois seriam suas filhas.
• A Pedra da Galinha Choca são na verdade 3 pedras próximas que juntas formam imagem que costumamos ver ao longe.
• Há um trilha de nível médio de dificuldade, que leva a pedra central da Galinha Choca.
• É possível subir no rabo e na cabeça da Galinha Choca escalando e descer fazendo rapel.
• No filme O Cangaceiro Trapalhão, os Trapalhões Didi, Dedé Santana, Mussum e Zacarias subiram até a cabeça da Pedra da Galinha Choca. (Na ocasião foram levados de helicóptero até ela). Na cena eles pulavam na cabeça da pedra e esta colocava ovos de ouro.

Açude do Cedro

O Açude do Cedro foi construído, funcionando como marco para as obras de combate as secas. Os trabalhos de elaboração do projeto para a construção do Açude se iniciaram em 1880, mas a construção efetiva se deu a partir de 1884.

Foi projetado e construído pela Comissão de Açudes e Irrigação. Seu atual proprietário é o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), órgão federal que substituiu a Comissão de Açudes e Irrigação.

(Foto do Açude Cedro - Fonte: Internet)

Durante os 22 anos de sua construção, que se iniciou em 1884 e só findou em 1906, a responsabilidade pelas obras deste reservatório esteve a cargo da extinta Comissão de Açudes e Irrigações de Quixadá, hoje conhecida como DNOCS – Departamento Nacional de Obras Contra as Secas.

A comissão de Açudes conheceu quatro fases:
1ª Comissão – Engenheiro-Chefe Jules Jean Revy;
2ª Comissão – Engenheiro-Chefe Ulrico Mursa;
3ª Comissão – Engenheiro-Chefe José Bento da Cunha Figueiredo;
4ª Comissão – Engenheiro-Chefe Bernard Piquet Carneiro.

Em 1880, Revy se dedicou a planejar o Açude e realizar trabalhos preliminares, como medições, desenhos, etc. De 1886 a 1888 as obras, apenas iniciadas, foram suspensas. O material era (inicialmente) transportado em lombo de animais e carros de boi, devido à ausência de estradas adequadas, num processo complicado.
Com a Proclamação da República e 15 de novembro de 1889, o engenheiro Revy foi substituído por Ulrico Mursa, que foi o responsável pela construção de alguns edifícios (oficinas, almoxarifado), linha férrea, e deu inicio ao levantamento da parede. A construção da Barragem Norte foi iniciada e 1891.
Em 1895 a chefia da Comissão passa para as mãos de José Bento da Cunha Figueiredo, que concluiu a construção das barragens.
Em 1900, Piquet Carneiro assume a Comissão, fazendo os acabamentos da Barragem Principal do Açude. Alem do embelezamento da Barragem, Piquet Carneiro executou obras complementares, como os canais de irrigações, comportas, etc.

Durante o seu projeto e construção ocorreram fatos que valem ser ressaltados, como as secas dos anos de 1888/89, 1891, 1898, 1900 e 1902, o que tornou o açude uma obra considerada de emergência. Outros fatos ocorreram após a sua construção que merecem ser citados, como:
em 1924 - sangrou pela primeira vez;
em 1925 - houve uma outra sangria;
em 1930/32 - durante este período o açude secou completamente;
em 1974/75 - aproximadamente 50 anos depois, houve novas sangrias.
As ultimas sangrias ocorreram em 1986 e 1989.


O Açude possui cinco barragens: a 1ª é a Central (de forma circular e alvenaria ciclópica - pedra); a 2ª é a Austral (Sul – de terra com revestimento de pedra e cimento); a 3ª é a Boreal (Norte – Cedro Velho – de terra com revestimento de pedra e cimento); a 4ª é a Forges (na parte meridional do açude, sendo toda de terra, com apenas 2m); e a 5ª e última é a Barragem Vertedoura (Sangradouro)

(Foto da parede Açude Cedro - Fonte: Internet)

As ombreiras e a fundação da barragem do Cedro são constituídas por uma rocha magmática sienítica.
Na ocasião do projeto da barragem, em virtude da falta de dados na região, não foi possível a realização de um estudo hidrológico adequado da bacia do Cedro, o que ocasionou um superdimensionamento do mesmo em relação à sua bacia hidrográfica.
Vale salientar a importância desta obra para a região, pelo pioneirismo e dificuldades que tiveram de ser vencidas. A cuidadosa lavra da cantaria do sienito local, observada na minudência do projeto, transformou, na época, a barragem principal numa obra de arte arquitetônica, ressaltada pelo seu desenvolvimento curvo e pelos pilaretes e correntes metálicas do seu coroamento.
A barragem do Cedro integrou-se com o pequeno vale fértil onde se implantou e com a serrania que o contorna, dela sobressaindo a "Pedra da Galinha Choca". Esse conjunto paisagístico, com a presença do açude, logo se constituiu em centro turístico, sendo instituído como monumento artístico e histórico nacional.
Os canais de irrigação foram inicialmente projetados para atender cerca de 1.000 ha. Efetivamente, porém, a área irrigada nunca excedeu a 500 ha, entre outros motivos, pelo desperdício de água nas regas.

            Recentemente a Barragem do Cedro e mais cinco bens culturais foram incluídos na indicação brasileira para a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) como Patrimônio Cultural Mundial.




CURIOSIDADE SOBRE A PEDRA FALADEIRA

(Foto da Pedra Faladeira - Fonte: Internet)

A Pedra Faladeira fica bem próxima à barragem do Cedro, possui 100 metros de altura e ganhou este nome por produzir muito eco.

Diz a lenda, que enquanto celebrava a missa de inauguração da parede principal, próximo a pedra, o padre ouvia um eco sempre que falava. Achando se tratar de alguém imitando-o o padre ameaçou parar a missa. Foi então que uma das pessoas presentes gritou:
- Padre, é a pedra. Essa pedra é faladeira!

Verdade ou não, a pedra mantem esse nome e hoje é um local onde se pode praticar escalada e rapel.

Praça José Linhares da Páscoa

Antiga praça Dr. Revy. Limitando-se: ao sul, com a Rua Epitácio Pessoa; ao norte com a Catedral; ao leste com o colégio Estadual Vigílio Távora, ao oeste, com a rua Francisco Enéas de Lima.

José Linhares da Páscoa, conhecido como Zé da Páscoa, foi prefeito do município cearense de Quixadá de 1967 a 1971. Zé da Páscoa foi o primeiro prefeito de esquerda do município, eleito na lendária campanha do "tostão contra o milhão". Seu concorrente, considerado representante das elites, representava o milhão. Já Zé da Páscoa era o tostão, por contar com recurso escasso.

Eleito prefeito, ele, além de realizar obras importantes - como a construção do hospital municipal e da pavimentação da rua Central do Campo Novo -, também ficou marcado pela austeridade e honestidade.

Poucos conhecem a praça pelo seu nome original, para quixadaenses e visitantes a praça é conhecida como Praça da Catedral, devido a sua localização sem próxima a Catedral de Quixadá. 

(Foto do Busto do ex-prefeito José Linhares da Páscoa
na praça que recebe seu nome - Fonte: Internet)

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Juvenal Pipoqueiro - o “Rei dos Baixinhos” da Terra dos Monólitos


"Vou criar os meninos trabalhando nele, vendendo pipocas."

Todos nós, carregamos belas lembranças de nossa infância e, que nos acompanham por toda a vida. O cheiro de pipocas, vendidas em um carrinho nos trás a lembrança de uma figura que marcou a infância de muitos quixadaenses: "Juvenal Pipoqueiro".

Foi no Quixadá calmo, bonito, cheio de paz, todo mundo conhecendo todo mundo, na virada dos anos 50 para 60 do século passado, um senhor, vendendo pipocas em um carrinho, com um jeito todo especial ao lidar com crianças se tornaria uma das pessoas mais queridas e um verdadeiro “Rei dos Baixinhos” da Terra dos monólitos, daqueles anos. Ele era considerado pelos que trabalharam no ramo e ainda hoje estão em atividade, como "O pai dos pipoqueiros", como bem atesta Chico Pinto que conviveu bastante com Juvenal.

O início da atividade se deu pelo fato do comércio que mantinha no mercado não estava mais rendendo o necessário para o sustento da família. Juvenal mantinha um ponto no velho mercado e conviveu com Paraibano, Válter, Amadeu, Luquinha, Adélia. Nos contou o seu filho Milton Barbosa (proprietário de uma banca de revistas) na praça José de Barros, que um dia, um senhor ofereceu um carrinho de pipoca a seu pai, alegando não ter condições de mantê-lo. Aí seu pai adquiriu. Seu Juvenal dizem, ficou muito tempo olhando aquele carrinho e, certamente, foi paixão à primeira vista. "Vou criar os meninos trabalhando nele, vendendo pipocas". E ali começaria uma atividade que mudaria a sua vida. Em pouco tempo, virou uma marca da cidade. Com um jeito peculiar no trato com as crianças, se tornaria um ídolo e a sua simples presença, as alegrava. "Mamãe, papai, olha o carrinho do Juvenal". Quantas vezes esta cena se repetia nas ruas calmas (naquele tempo), em Quixadá. A sua presença era certa nas praças, nos parques de diversões, nos colégios. Fazia tanto sucesso com as crianças que o Senhor Pedro, proprietário de um parque de diversões, preparou um local exclusivo para o querido pipoqueiro. No início, o carrinho de Juvenal ficava em frente à loja do Senhor Elias Roque, mas com o tempo, se fazia presente nas praças da cidade. Naqueles anos, a última parada era na famosa banca de Rosa Gorda. E assim, por mais de 30 anos, Juvenal Pipoqueiro desenvolveu esta atividade, criando seus queridos filhos. O título "pai dos pipoqueiros" se deu pelo fato de ajudar seus colegas quando os mesmos enfrentavam dificuldades no desempenho de sua função.

Ao presenciarmos a grande presença de carrinhos de pipoca atualmente em Quixadá, é impossível não lembrar da encantadora presença de Juvenal Pipoqueiro, ídolo das crianças que o amavam. Lembramos até do pequeno lampião a gás, aquela luz verde-azulada, iluminando aquelas pipocas quentinhas, naquele carrinho que talvez fosse, naquele momento, a única alegria da criançada. No começo dos anos 80, Juvenal recebeu de Deus, certamente, a missão de alegrar as crianças do céu. Resgatando um pouco a história de Juvenal Pipoqueiro, coisas boas estão de volta! É como se estivéssemos vivendo sem conhecer as maldades deste mundo.

Matéria de Amadeu Filho no site Revista Central - Não podia deixar de postar essa linda matéria sobre meu querido avô. 

Museu Jacinto de Sousa


O museu ocupa uma casa construída em 1922 por Raimundo Franklin, um dos autores do monumento localizado na praça da estação, que fica em frente ao museu. A construção foi tombada em 14 de fevereiro de 2000 pelo decreto municipal n° 007.
O imóvel, adquirido pelo Município em 1983, continua com suas características originais.

O museu foi criado em 27 de outubro de 1984 com o nome de Museu Histórico de Quixadá. Seu nome foi alterado, para homenagear o artista quixadaense Jacinto de Sousa, pela lei municipal n° 1999 de 11 de agosto de 2000.

O Museu Jacinto de Sousa é um dos 29 do Estado e dos 17 do Interior cadastrados no Sistema Nacional de Museus. Segundo Maria Prima, também é o mais visitado do Sertão Central (Segundo matéria do Jornal Diário do Nordeste em 21/09/2010).
Além dos turistas, caravanas escolares de todas as regiões e até de Estados vizinhos apreciam o museu. A média anual é superior a 4 mil visitantes.
O velho projetor cinematográfico é a peça mais admirada pelos jovens. A reprodução do quarto onde o presidente cearense Humberto de Alencar Castelo Branco dormiu sua última noite, na Casa de Repouso São José, também chama a atenção. No fim de 2008, técnicos do Museu do Ceará e acadêmicos de História da Faculdade de Educação, Ciências e Letras do Sertão Central (Feclesc) fizeram o inventário do acervo do Museu de Quixadá. Ao todo, foram catalogadas 1.335 peças. Algumas delas muito raras, como um alicate de extrair dentes de escravos.

Seu acervo é composto por utensílios, fotografias, maquetes, móveis, documentos, arte sacra, roupas, arquivos de áudio e vídeo e fósseis.

(Imagens de dentro do Museu Jacinto de Sousa - Fonte: Internet)

O nome do nosso museu é uma homenagem ao escultor Jacinto de Sousa, nascido em Quixadá a 3 de julho de 1896 e falecido a 29 de janeiro de 1941. O artista homenageado desenvolveu seus dotes artísticos ainda criança quando esculpia imagens de santos em barro e logo depois iniciou-se na fotografia e nas artes decorativas, deixando suas obras em várias localidades nordestinas.
Jacinto de Sousa foi um dos maiores artistas plásticos do Ceará. Apesar de não possuir aprendizado formal em artes, dedicou-se à fotografia, pintura e escultura. Dentre as suas obras mais importantes se destacam o busto da Princesa Isabel, em Redenção, o "Monumento ao Trabalhador Livre", na Praça da Estação de Quixadá e o "Cristo Crucificado", obra exposta no museu que recebeu o seu nome.

(Na foto Jacinto de Sousa - Fonte: Internet)

Fazenda Magé

Acesso: A partir do centro da cidade são 700 metros em asfalto (antiga estrada de Baturité) e 2,3 km em estrada de terra até chegar a fazenda que está rodeada por 180 de monólitos.

(Imagens Internet)

Há uma trilha atravessando uma galeria de vegetação da caatinga até atingir um paredão de pedra de 80 metros de altura por 60 metros de comprimento, que possui um ambiente muito agradável, conhecido como pedra fresca, onde antigamente funcionava um restaurante. Circundando o sopé da serra chega-se a um açude e ao horto de mangueiras gigantes, excelente local para uma parada. Encontra-se também a Lagoa do Magé, excelente local para observação da vida selvagem.

CURIOSIDADES SOBRE A GRUTA DO MAGÉ

Durante muito tempo circulou em nossa cidade a lenda que dizia ser a gruta um cemitério indígena, face a grande quantidade de cadáveres encontrados lá, por um caçador de mocó. Ao indagar aos moradores da fazenda sobre o achado, estes por medo de seu patrão, disseram ser o resultado de um confronto indígena onde os mesmos morreram encurralados lá. Muitos anos se passaram, os proprietários da fazenda já não mais existiam e um oficial de justiça ao averiguar a enorme quantidade de ossos, descobriu que não eram de índios e sim de pessoas que passavam vindas do Cariri para fazer compras na capital e ao passarem nas proximidades da fazenda, eram mortas e seus bens apropriados criminosamente pelo referido proprietário.

(Imagens Internet)

Trilha da Barriguda

É uma trilha onde é possível ver de perto as mais fortes características de Quixadá, os monólitos esculpidos pela erosão e a vegetação de grande porte. O caminho contorna a Pedra do Magé, e ao chegar nela os visitantes entram em um túnel escavado na rocha de dez metros até uma clareira. No meio existe uma enorme paineira, a "Barriguda" - que dá nome à trilha -, árvore que precisa de cinco pessoas para abraçá-la.

(Imagens Internet)

Serra do Estevão e Casa de Repouso São José

A Serra do Estevão é uma pequena cadeia montanhosa com aproximadamente 24 km de comprimento por 10 km de largura. Ela é o divisor de águas entre as bacias hidrográficas dos rios Sitiá e Choró.

A origem exata do seu nome é desconhecida, no entanto, segundo uma tradição local, Estevão seria o nome do primeiro ocupante das terras da serra.
Apesar do clima tropical quente semi-árido possui temperaturas amenas e fontes de água permanentes mesmo com secas prolongadas. A vegetação predominante é a caatinga caducifólia espinhosa, com existência de árvores de grande porte. A maior parte da serra fica em Quixadá, a outra fica em Choró. 

É na Serra do Estevão que está localizada a sede do distrito de Dom Maurício. O nome de Dom Maurício foi dado em homenagem ao monge beneditino a quem se deve a fundação do Mosteiro Santa Cruz, que existiu na serra e lhe deu vida e renome. Seus habitantes são, na maioria, lavradores e pequenos proprietários. É nessa serra também que se encontra o ponto culminante de Quixadá com 755 metros de altitude e a nascente do rio Sitiá.

(Foto: Serra do Estevão ao fundo - Fonte: Internet)

A Serra do Estevão conservou seu prestígio como lugar ideal para repouso e para a restauração dos organismos debilitados pelo excesso de trabalho e pela estafa mental.

(Foto da Casa de Repouso São José e Capela - Fonte: Internet)

Quixadá é conhecida por ser um lugar repleto de monólitos, onde se destaca a Pedra da Galinha Choca, marca registrada da cidade. Poucos imaginam que, aqui, mais precisamente na Serra do Estêvão, a 580 metros acima do nível do mar, possa existir um refúgio religioso, para quem almeja ficar longe da agitação da Capital. Trata-se da Casa de Repouso São José. A pousada, que antes abrigava o antigo mosteiro dos monges beneditinos, construído há mais de 100 anos, é administrada atualmente pela Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição. Ao chegar na casa de repouso o visitante se surpreende com uma paisagem exuberante, cercada por um belo e amplo jardim e também por uma horta sortida de frutas e verduras, que saem diariamente, fresquinhas e diretas para a cozinha. Livres de qualquer tipo de agrotóxicos, o que proporciona aos visitantes uma alimentação mais saudável.

(Foto da Casa de Repouso São José - Fonte: Internet)

A pousada possui 30 apartamentos, todos bem conservados e com capacidade para abrigar 80 pessoas. A Casa de Repouso São José conta, ainda, com dois anexos que são aproveitados para acolher grupos de pessoas em casos especiais, totalizando assim 52 apartamentos. Todos os quartos possuem chuveiro elétrico, ventilador e cobertores. O grande destaque e que chama mais a atenção de quem visita a pousada, são os jardins centrais e laterais. Eles apresentam uma diversidade de flores da região. As instalações da casa contam ainda com sala de estar com televisão, biblioteca, refeitório, cozinha, estacionamento e uma espaçosa cantina. Existe ainda um auditório com capacidade para 240 pessoas e um parque infantil para as crianças se divertirem. Para os mais religiosos, uma surpresa. A casa tem ao lado uma acolhedora capela para celebração de missas e orações e o convento que abriga as freiras responsáveis pelos serviços da instituição. Sua localização, por ficar num ponto elevado, oferece ar puro e uma bela visão de todo o vale quixadaense.
O ambiente da Casa de Repouso São José é tranquilo tornando-se ideal para quem procura paz ou necessita ter um contato mais próximo com Deus. Por este motivo, a casa é muito procurada por grupos de orações de várias partes, não só do Ceará, como também de outros estados. Ao instalar-se, o hóspede precisa obedecer algumas instruções simples, como por exemplo, o período de repouso, que vai das 13:30 às 15 horas e a partir das 23 horas. Vale a pena conferir.

CURIOSIDADE

Foi na Casa de Repouso São José onde o ex-presidente Castelo Branco passou a última noite antes de morrer no voo de volta a Fortaleza.
No Museu Jacinto de Sousa é possível encontrar a reprodução do quarto (Com móveis e itens originais) onde o ex-presidente dormiu.

MAIS INFORMAÇÕES:
Casa de Repouso São José Serra do Estêvão - Quixadá-CE
Os preços das diárias variam entre R$ 60,00 a R$ 130,00
Telefones: (88) 3451.1001/3451.1057

A Serra do Estevão é um lugar ideal para repouso e para a restauração de organismos debilitados pelo excesso de trabalho e pelo cansaço mental.
Como paisagem tem o vasto lençol d’água do açude do Cedro, que recobre parte da planície adjacente, emoldurado por gigantescos monólitos que imprimem à região um aspecto singular e característico.

Santuário de Nossa Senhora Imaculada Rainha do Sertão

"Durante a festa de Nossa Senhora do Carmo, eu Dom Adélio Tomasin, estava celebrando na Catedral; depois da comunhão não sei explicar como nem porque, veio-me a mente a seguinte frase: “Por que tu não pensaste em construir uma casa para minha Mãe?” E vi o Santuário entre os monólitos, um lugar que dominava o sertão. Contei ao povo de Deus em voz alta e clara, embora com muita timidez, a pequena história que havia vivido, sentado na minha cadeira e com Jesus no coração. Agora, era eu que esperava a reação do povo. Fiquei surpreso. Todos se levantaram e reagiram àquela história com uma estrondosa e demorada salva de palmas. Assim brotou a ideia do Santuário."

O Santuário Nossa Senhora Imaculada Rainha do Sertão é um templo católico que ergue-se sobre uma esplanada encostado ao Morro Urucum. A base da torre triangular fica exatamente a 501 metros e 12 centímetros acima do nível do mar. Foi idealizado e construído pelo ex-bispo de Quixadá Dom Adélio Tomasin.

"Foi no dia 12 de outubro de 1993 abençoada e colocada a primeira pedra do Santuário. Tudo foi simples, tudo foi emocionante. As nuvens, o vôo das aves, o deslumbrante pôr do sol, os monólitos ao redor formavam um cenário inesquecível. Mas quem participou, sente ainda algo no coração, pois os sentimentos mais profundos não eram provocados por essas coisas bonitas, mas pela fé e o amor a Mãe de Deus. Havia um detalhe que também nos comovia. Tinha iniciado as escavações dos alicerces sem ter praticamente dinheiro. Quando uma jovem da minha terra, ao saber que queria construir um Santuário a Nossa Senhora, mandou-me parte da herança recebida de seu pai e esse dinheiro deu para fazer todos os alicerces."

Suas obras foram iniciadas em 1988 com a construção da estrada de acesso ao platô onde seria construída a igreja. Em 1993 foi colocada a pedra fundamental e em 11 de fevereiro em 1995 ocorreu a inauguração. 

(Foto Santuário Quixadá - Fonte: Internet)


Via Sacra

Na subida para o Santuário encontra-se os grupos estatuários representando as cenas tradicionais da Via Sacra. São quatorze estações. Todas elas foram projetadas e executadas por quem escreveu esta pequena história e por um jovem artista de grande potencial, Adalécio Feitosa Mariz. O material escolhido, para resistir ao relento, foi: estrutura interna de ferro revestido de cimento e areia. As estátuas tem cerca de 1,80 m de altura.

(Foto da Via Sacra na subida do Santuário - Fonte: Internet)

A Torre Piramidal

Fora do Santuário há uma torre piramidal. É o símbolo mais característico. Construída em aço com forma de pirâmide, e não tendo a face frontal ocupada por nenhuma estrutura, pode ser imaginada como um grande manto protetor: o manto da Virgem Maria.

(Foto da Torre Piramidal no Santuário - Fonte: Internet)

Painéis Externos

Na fachada do Santuário há também quatro painéis pintados pelos nossos jovens artistas Walker e Cícero. Eles representam o mistério da salvação: Criação, Pecado, Encarnação e Morte Redentora de Jesus. O romeiro que chega deve compreender logo que o Santuário só tem um sentido dentro deste mistério de salvação. Em janeiro de 2015 os painéis externos foram renovados.

(Foto dos painéis externos atuais - Fonte: Internet)

Painéis Internos

Nas paredes oblíquas do Santuário há vinte e sete painéis e acolherão as reproduções dos quadros ou imagens da Virgem Maria com o nome e o título como ela é venerada em cada país da América Latina. O sentido é este: fazer com que cada peregrino se sinta em comunhão com todos os irmãos da América Latina. Assim como a dor nos une na vida, também o amor da única Mãe faz de nós todos um só povo da esperança.

(Foto dos painéis internos - Fonte: Internet) 

O local dispõe também de gruta, restaurante, hotel, auditório e livraria. Próximo ao santuário, há trilhas para trekking e rampa de voo livre.



Os meses de maior visitação são fevereiro (festividades da Virgem Maria), maio, julho e dezembro.

Horários:
Semana
17:00 - Santa Missa
Nas terças feiras não têm Santa Missa

Sábado
10:30 - Oração do Santo Terço
11:00 - Santa Missa
16:15 - Oração das Vésperas
17:00 - Santa Missa

Domingo
10:00 - Oração com o povo
10:45 - Acolhida dos Romeiros
11:00 - Santa Missa
16:00 - Oração das Vésperas solene com a benção do Santíssimo Sacramento
17:00 - Santa Missa

1º Sábado de cada mês 21:00 até 24:00 - Vigília noturna

Confissões Domingo: 09:00 as 12:00
Na semana: Agendar na Com. Oásis da Paz: 88 3412 1373
Local: Confessionários do Santuário

Horário para visitação no Santuário: 06:30 as 19:00


Informações obtidas no site http://santuariorainhadosertao.com.br/

Pedra do Cruzeiro

Monólito situado no centro da cidade, tem cerca de 190 metros de altura.

A Pedra do Cruzeiro atualmente é usada nas festividades do município, sendo enfeitada no Natal e no Réveillon usada como base para a solta dos fogos de artifícios.

No meado de 1933 realizaram-se missões em Quixadá e os frades franciscanos solicitaram que os católicos erguessem um cruzeiro para ficar como marco das missões. Pe. Luis desejoso de satisfazer os missionários resolveu construir uma cruz sobre a pedra, até então denominada "Pedra Grande da Lagoa", pois era uma elevação no centro da cidade, dando muito destaque ao símbolo da nossa fé. Seu Adolfo, mecânico, cego, de grande habilidade, confeccionou as peças para serem montadas no local onde deveriam ficar, pois subir com a cruz montada era uma empreitada muito difícil. No dia 24 de junho de 1934, a população de Quixadá subiu à pedra em procissão, cantando o hino da sagrada família, para a inauguração do Cruzeiro. Nota-se assim que o atual nome do monólito se deu por conta da cruz de concreto erguida no seu topo, no ano de 1934.

A Pedra do Cruzeiro é visitada por turistas e também por moradores locais que nela sobem. A subida é de nível médio de dificuldade. Existem degraus que levam até o seu topo onde se chega a um cruzeiro e a uma vista panorâmica de toda cidade.

 (Pedra do Cruzeiro vista da Praça José de Barros - Fonte: Internet)

(Vista Parcial da cidade de Quixadá de cima da Pedra do Cruzeiro - Fonte: Internet)

Fazenda Não Me Deixes

Não Me Deixes é uma fazenda localizada no distrito de Daniel de Queiroz, município de Quixadá, Ceará. Com uma área total de 928 ha, a fazenda está localizada a cerca de 30 km da sede do município.
A fazenda Não Me Deixes abriga uma reserva particular do patrimônio natural homônima de 300 ha de caatinga arbórea e arbustiva.

(Foto da Fazenda Fazenda Não Me Deixes - Fonte: Internet)

Em 1870, o tio-avô de Rachel de Queiroz, o fazendeiro Arcelino de Queiroz, deu de herança a terra para um primo da escritora que preferiu vendê-la para se aventurar na extração da borracha, no Amazonas. Quando o tio soube, conseguiu recuperar a fazenda e devolveu para o herdeiro que voltou pobre e doente. Mas o fez prometer que não sairia mais do local e o batizaria de "Não Me Deixes". Quando o proprietário da fazenda morreu não tinha filhos e a terra voltou para as mãos do avô de Rachel que a deu de herança ao pai da escritora, Daniel de Queiroz Lima. . Por iniciativa desta, parte da fazenda foi transformada em Reserva Particular do Patrimônio Natural.

Rachel e o marido Oyama construíram a casa em 1955. Tijolos, portas e janelas, além dos móveis, foram feitos com materiais retirados da própria fazenda. O projeto da casa foi da própria escritora, e era caracterizado por elementos rústicos: cantareiras com potes de barro, o fogão era de lenha e mobília artesanal, desenhada pela proprietária. Ela disse até que fez uma maquete da construção, com varas de mata-pasto, para mostrar como deveria ficar o telhado alto. A escritora passava meses a fio na fazenda, independentemente de ano seco ou chuvoso.




(Imagens de dentro da Fazenda Não Me Deixes - Fonte: Internet)

A RPPN, criada em 5 de novembro de 1998 através da portaria nº 148/98 do IBAMA, compreende uma área de 300 ha de caatinga arbórea e arbustiva e uma parte para uso agrícola da "Fazenda Não Me Deixes". A área apresenta boas condições de conservação da vegetação, sendo usada como área de soltura de aves nativas apreendidas pelo IBAMA em feiras e comércio irregular.

"(...) Tive a honra e a glória de receber na fazenda uma delegação
do Ibama que vinha com dois carros carregados de pássaros em
gaiolas, para os soltar nos ares livres do Não Me Deixes.
Acho que mereci essa honraria, pois sempre foi preocupação
minha, desde menina, soltar passarinho. Verdade que é meio
arriscado: os donos dos passarinhos são capazes de tudo
contra alguém que libere as suas presas. Mas a alegria
de ver voando um pássaro, antes confinado a uma gaiola,
paga todos os riscos de represálias. (...)"
Rachel de Queiroz em O Estado de S. Paulo, 30 set. 2000.

Quem foi Rachel de Queiroz?

Rachel de Queiroz foi uma tradutora, romancista, escritora, jornalista, cronista prolífica e importante dramaturga brasileira. Autora de destaque na ficção social nordestina. Foi a primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras.

(Foto Rachel de Queiroz - Fonte: Internet)

Em 1993, foi a primeira mulher galardoada com o Prêmio Camões. Ingressou na Academia Cearense de Letras no dia 15 de agosto de 1994, na ocasião do centenário da instituição.

Rachel era filha de Daniel de Queiroz Lima e Clotilde Franklin de Queiroz, descendente pelo lado materno da família de José de Alencar.

Em 1917, após uma grande seca, mudou-se com seus pais para o Rio de Janeiro e logo depois para Belém do Pará. Retornou para Fortaleza dois anos depois.

Aos vinte anos, ficou nacionalmente conhecida ao publicar O Quinze (1930), romance que mostra a luta do povo nordestino contra a seca e a miséria.

Foi presa em 1937, em Fortaleza, acusada de ser comunista. Exemplares de seus romances foram queimados. Em 1964, apoiou a ditadura militar que se instalou no Brasil. Integrou o Conselho Federal de Cultura e o diretório nacional da ARENA, partido político de sustentação do regime.

Lançou Dôra, Doralina em 1975, e depois Memorial de Maria Moura (1992), saga de uma cangaceira nordestina adaptada para a televisão em 1994 numa minissérie apresentada pela Rede Globo. Exibida entre maio e junho de 1994 no Brasil, foi apresentada em Angola, Bolívia, Canadá, Guatemala, Indonésia, Nicarágua, Panamá, Peru, Porto Rico, Portugal, República Dominicana, Uruguai e Venezuela, sendo lançada em DVD em 2004. Publicou um volume de memórias em 1998.

Morreu em 4 de novembro de 2003, vítima de problemas cardíacos, no seu apartamento no Rio de Janeiro, dias antes de completar 93 anos. Durante trinta anos escreveu crônicas para a revista semanal O Cruzeiro e com o fim desta para o jornal O Estado de S.Paulo.

Rachel de Queiroz e sua ligação com Quixadá

Rachel de Queiroz, apesar de ter nascido em Fortaleza, a capital do Ceará, possuía uma relação muito forte com Quixadá, visitando-a constantemente, quando se hospedava em sua Fazenda Não Me Deixes, que herdou de seu pai, Daniel de Queiroz. Com uma área total de 928 ha, a fazenda está localizada a cerca de 30 km da sede do município, no distrito que recebe o mesmo nome de seu pai, Daniel de Queiroz.

Em Quixadá, onde passou boa parte da sua vida e escreveu seu primeiro livro de sucesso, foi criado um Centro Cultural em sua homenagem, em 2008.  Anos mais tarde, mais precisamente em 2010, foi inaugurado na cidade o Memorial de Rachel de Queiroz, com peças históricas da escritora cedidas por sua irmã caçula Maria Luza Salek.

"Neste mundo tão grande não há pedaço de terra mais preso
no meu coração do que aquele trecho bravio do
município de Quixadá, a 180 km do Oceano Atlântico.
Engraçado, lá não nasci. Mas hei de voltar depois de morta,
se por acaso sobrar de mim alguma coisa,
além do triste corpo que a terra vai comer."
(Rachel de Queiroz)

("Fazenda Não Me Deixes", propriedade localizada
em Quixadá, estado do Ceará, em reserva particular
do patrimônio natural.)

Em 17 de novembro de 2012 foi inaugurada a estátua de bronze da escritora na mesma praça onde fica localizado seu memorial.

(Foto da estátua de Bronze da Rachel de Queiroz em Quixadá - Fonte: Internet)

Memorial Rachel de Queiroz

Em 2010 foram iniciadas obras para o restauro do chalé. A reforma foi conduzida por uma equipe especializada: o restaurador Antônio Moça Velha trabalhou da recuperação dos traços ecléticos do imóvel desgastados pelo tempo. A arquiteta e museóloga Lídia Sarniento elaborou o designer interior, adaptando os cômodos em ambientes de exposição. Um deles é utilizado para exibições videográficas. O bibliófilo José Augusto Bezerra selecionou e catalogou o material a ser exposto, dentre eles a máquina de escrever, indumentárias e dezenas de fotografias raras.
A conclusão do restauro ocorreu no final do anos, e sua reinauguração como Memorial Rachel de Queiroz no dia 10 em dezembro de 2010.

(Foto do Chalé da Pedra- Memorial Rachel de Queiroz - Fonte: Internet)

As peças históricas  que são encontradas no memorial foram doadas pela irmã caçula de Rachel de Queiroz, Maria Luiza Salek. Para receber essa peças foram necessários estudos museográfico, iluminotécnico e de climatização".

(Foto do Memorial Rachel de Queiroz - Fonte: http://blogs.diariodonordeste.com.br/)

(Foto do Memorial Rachel de Queiroz - Fonte: http://blogs.diariodonordeste.com.br/)

Centro Cultural Rachel de Queiroz

O Centro Cultural Rachel de Queiroz está localizado no centro da cidade, na Praça Francisco Gladson Martins Jucá (popularmente conhecida Praça da Cultura ou Praça do Chalé). Rua José Jucá, próximo ao Chalé da Pedra.

É uma Instituição Pública subordinada a prefeitura construída com recursos do Governo do Estado e da Prefeitura.
Possui dois pavimentos com um teatro e um anfiteatro.

O centro cultural oferece oficinas de audiovisual, música, teatro e artes plásticas especialmente voltadas para crianças e adolescentes. É também sede do Núcleo de Arte, Educação e Cultura de Quixadá.

Foi inaugurado em 18 de janeiro de 2003.

(Foto do Centro Cultural Rachel de Queiroz - Fonte: Internet)

Chalé da Pedra

Construção datada de 1920.

Até o fim do século XIX havia uma pequena lagoa nas proximidades da pedra que serve de base para a construção. Durante os períodos chuvosos a água dessa lagoa transbordava e ia em direção à Pedra do Cruzeiro. Contudo, no início no século XX, quando Quixadá iniciava a organização de sua estrutura urbana, foi construída uma pequena barragem para represar a água. Com o represamento das águas, o volume acumulado foi ampliado fazendo com que, durante a estação chuvosa, a água atingisse essa pedra. Mesmo assim, por volta de 1919, o proprietário das terras, Fausto Cândido de Alencar, resolveu construir sobre uma casa sobre essa rocha.

A planta foi copiada de uma construção existente na parede do Açude Cedro em estilo Atr Noveau, planejada e edificada por Dr. Revy, engenheiro que deu início a construção do açude.

Quando o Chalé foi terminado, o sr. Antero Pinheiro da Silva subiu nos andaimes que já estavam sendo retirados para reparar um pequeno defeito na fachada, e ao descer, caiu e rolou pedra abaixo, quebrando o pescoço e tendo morte imediata.

Após o triste episódio a festa de inauguração planejada por Fausto Cândido foi suspensa e a casa ficou fechada por uns tempos.


(Chalé Antigamente - Fonte: Internet)


Depois de sua construção, a casa teve diversos usos. Os primeiros moradores foram os familiares de Delmiro de Queiroz, que, com o consentimento de Fausto Cândido, construiu nas proximidades, um parque de diversões para crianças chamado "A Casa Branca da Serra". O nome fazia referência ao fato de que a casa tinha sua parte externa pintada de branco.

A partir dos anos de 1930, nele funcionou secretamente a Loja Maçônica de Quixadá (na época a Maçonaria foi proibida pelo regime de Getúlio Vargas).

A partir da instalação de uma agência do Banco do Brasil, em 1943, o chalé passou a ser residência dos bancários. Um desses, Petrônio Cordeiro Campos, que morou por quase vinte anos, comprou o imóvel dos herdeiros de Fausto Alencar mantendo a propriedade consigo ate sua morte. Após a morte de Petrônio Cordeiro Campos, seus herdeiros venderam o chalé para a prefeitura, no mandato de Azziz Okka Baquit, embora o pagamento só tenha sido feito na primeira gestão de Ilário Marques (1993-1996)

(Chalé da Pedra, foto mais atual. - Fonte: Ronaldo Soares)

Desde a sua construção o Chalé nunca havia passado por restauro. Ao longo dos anos várias camadas de tinta, de cores diferentes, foram encobrindo suas características originais, embora os traços arquitetônicos tenham sido mantidos.
Apenas em 2010 foram iniciadas obras para o restauro do chalé, para que este viesse a se tornar o Memorial da Rachel de Queiroz.

Praça José de Barros

A Praça José de Barros é tida como a nascente de Quixadá e representa o que a cultura trouxe para a cidade. Inicialmente era dividida em três passeios. A Rua José de Alencar e a Basílio Pinto faziam essa divisão.A primeira parte ficava em frente ao Colégio Sagrado Coração de Jesus e era um pequeno campo de futebol. Na segunda parte, a maior das três, ficava o passeio onde, de segunda a sábado, a juventude se reunia à noite para bate papos. Na terceira parte, já próxima à rua Rodrigues Júnior, havia um tanque redondo que recebia água do Cedro através de um cano, para conservar os jardins verdes e floridos. Nesta parte, por iniciativa do Sr. Raimundo Alfredo Teixeira, nosso saudoso Poti, foi construído um marco simbolizando o Lions Club através da figura de um leão, um marco histórico de Quixadá que foi demolido sem nenhuma justificativa.

Na época do prefeito Azzis Baquit, ele juntou os três passeios, deixando apenas uma praça. O ex-prefeito Ilário Marques em uma de suas gestões reformou a praça.

(Marco simbolizando o Lions Club. Antigamente a praça era chamada
Praça do Leão, em homenagem ao clube. - Fonte Internet)


Hoje a praça recebe o nome de José de Barros em homenagem ao fundador da cidade. É nela que acontece grande parte dos eventos da cidade, como: Carnaval, Pula Fogueira e Reveillon.

(Praça José de Barros. Ao fundo pode-se ver a Pedra do Cruzeiro. - Fonte Internet)