Toda a zona ribeirinha do rio Sitia - o Gueiru dos
indígenas - era habitada pelos índios tapuias e canindés, que aos poucos, foram
abandonando a região, à medida que seus domínios eram conquistados pelos
brancos.
Os primeiros civilizados que devassaram aquelas
terras fizeram-no pelo Baixo-Jaguaribe primeiro, o afluente Banabuiú e em
seguida o Sitiá, objetivando a conquista de novas áreas para a criação de gado.
Datam de 1698 as primeiras concessões de terras
feitas naquelas plagas. No entanto, sua ocupação efetiva só teve início em
1705, quando Manoel Gomes de Oliveira, André Moreira de Barros e outros, nelas
conseguiram penetrar, vencida a hostilidade indígena.
Em 1743, completava-se a distribuição das terras marginais do rio Sitiá, sendo iniciado o povoamento de seu afluente Tapuiará, dos rios Quinimporó, Choró, Pirangi e Feijão. Os povoadores, comumente, emigravam de Pernambuco.
A colonização da área do atual município de Quixadá ocorreu através da penetração pelo rio Jaguaribe, seguindo seu afluente o rio Banabuiú e depois o rio Sitiá.
A primeira escritura pública da região foi a do Mosteiro Beneditino, hoje Casa de Repouso São José, na Serra do Estêvão, onde hoje é o distrito de Dom Maurício, em 1641. Manuel da Silva Lima, alegando ter descoberto dois olhos d'água, obteve uma sesmaria. Essas terras, inicialmente de Carlos Azevedo, eram o "Sítio Quixedá" adquirido por compra conforme escritura de 18 de dezembro de 1728.
Em 1747 as terras foram vendidas a José de Barros Ferreira por 250 mil réis, mas apenas 8 anos depois ele tomou posse de suas terras e construiu casas de morada, capela e curral, lançando assim as bases da atual cidade de Quixadá, sendo considerado, portanto, o legítimo fundador da cidade. A fazenda prosperou e se transformou em distrito de Quixeramobim.
No século XIX, com a instalação da estrada de ferro que ligava Cariri à Fortaleza, ocorreu uma forte urbanização do município.
Em 27 de outubro de 1870 foi criado o município de Quixadá (Lei provincial n.° 1.347), desmembrando-o de Quixeramobim e sendo elevado à categoria de vila.
Com o projeto e a construção do Açude do Cedro, a vila passa a receber ainda mais imigrantes vindo de diversas regiões (estimados em 30.000 aproximadamente), além disso diversas estradas foram construídas. Este processo acelera a urbanização, fazendo com que em 17 de agosto de 1889 a vila recebesse foros de cidade pela Lei provincial n.º 2.166.
Origem do
Topônimo: Há grandes controvérsias. Em alguns documentos antigos figura
como Queixada ou Quixedá. Sabe-se, no entanto, que o termo é de origem
indígena.
Paulino Nogueira, em seu livro vocabulário indígena, presume que o nome vem da tribo Tapuiá dos Quixarâs.
Paulino Nogueira, em seu livro vocabulário indígena, presume que o nome vem da tribo Tapuiá dos Quixarâs.
Para Teodoro Sampaio, a palavra pertence a Língua
Cariri e não tem significado. Segundo Martins, significa "Oh! Eu sou o
Senhor",Qui-"oh", Xé-"eu" e Uará-"senhor",
tendo-se corrompido em Quixadá.
Pompeu Sobrinho atribuiu em princípio, a esse topônimo
a origem Tupi e deu-lhe a seguinte interpretação: Qui-"ponta";
Chai-"gancho""torcida"; e Ita-"pedra" donde se
conclui: Pedra da Ponta Encurvada ou Torcida. Essa interpretação se relaciona
com a paisagem quixadaense onde tem pedras singulares como, por exemplo, a
Galinha Choca, Bico de Arara.
Eusébio de Souza diz ser o vocábulo de origem Guarani que significa Pedra da Ponta Curvada. Os antigos falavam em Curral de Pedra, haja vista a localização da cidade que de fato, está cercada de monólitos.
Eusébio de Souza diz ser o vocábulo de origem Guarani que significa Pedra da Ponta Curvada. Os antigos falavam em Curral de Pedra, haja vista a localização da cidade que de fato, está cercada de monólitos.
(Foto: Quixadá Antiga - Fonte Internet)
Quixadá está localizado a 167 km da capital Fortaleza.
Gentílico:
quixadaense
População - 85.351 hab, segundo o IBGE em 2015. População 2010 - 80.604.
Clima - O
clima é tropical quente semi-árido.
Vegetação -
A vegetação característica da maior parte do município é a caatinga arbustiva
densa ou aberta, caracterizada pela presença de cactos e vegetação rasteira com
árvores baixas e cheias de espinho.
Relevo e
solos - A maior parte do território faz parte das depressões sertanejas com
maciços residuais, como a serra do Estevão. Notabiliza-se também pela geografia
rica em inselbergs, ou monólitos (formações rochosas isoladas na paisagem), que
dominam boa parte da área do município, dos quais o mais famoso é a "Pedra
da Galinha Choca".
Área da unidade territorial (km²) - 2.019,833Densidade demográfica (hab/km²) - 39,91
Prefeito Atual - JOÃO HUDSON RODRIGUES BEZERRA
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: Retalhos da História de Quixadá, autor: Costa, João Eudes.
Site IBGE: http://cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?codmun=231130